Radio e Tv Nova Vida

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Antídoto: A cura para a igreja evangélica brasileira

O antídoto para a restauração da saúde da igreja brasileira é mais simples do que parece 
Por Leonardo Gonçalves

Que a igreja brasileira não está vivendo o seu melhor momento, não é nenhuma novidade. Basta pesquisar a palavra “igreja” no Google para se dar conta do quanto a instituição carece de integridade e doutrinamento. No entanto, creio que apenas criticar os novos rumos do cristianismo tupiniquim, com seus pastores-apóstolos, profetas mercenários e pregadores cheios de estrelismo, não ajuda a resolver o problema. Obviamente, sei reconhecer o valor de uma crítica bem articulada, mas desprezo a atitude de quem somente destrói sem edificar nada no lugar, apenas pelo prazer de ver os escombros. A agressividade de quem só ataca sem oferecer uma resposta satisfatória à problemática eclesiástica e a hostilidade de quem aponta o problema, mas é incapaz de (tal como Neemias) ser a resposta ao próprio clamor é tão reprovável quanto a conduta dos mercadores da fé. Em síntese, tal atitude redunda em hipocrisia e grande desejo de aparecer às expensas daqueles que são objeto da sua fúria voraz.

Nesse ínterim, mentes esclarecidas argumentam contra o atual estado das coisas, mas na maioria dos casos, esquece-se de dizer como as coisas deveriam ser. Preocupam-se em execrar os farsantes, mas não indicam uma outra via, uma possível eleição. Deste modo, acaba-se promovendo uma generalização banal. A “apologética denuncista”, tão popular nos últimos anos, acaba fortalecendo o estereótipo latente no imaginário popular de que todo pastor é ladrão e que igreja evangélica é sinônimo de bandalheira.

Não quero assumir nenhuma postura messiânica. Não tenho o brilhantismo de Lutero, nem o zelo teológico de Calvino. Falta-me a coragem de John Huss e Wyclyffe, e sobra-me o pedantismo e a inconstância de Pedro. Sendo assim, ninguém mais improvável do que eu, para querer dogmatizar a apologética ou indicar a única via possível para a restauração da igreja evangélica neste país. Apesar disso, a paixão que tenho pela igreja, somada a pouca experiência de 10 anos como plantador de igreja, me conferem um pouco de autoridade para abordar este tema tão polemico. E visto que tenho falado sobre indicar o caminho sobre o qual a igreja evangélica brasileira deve trilhar para desenvolver-se de modo saudável, passarei a discorrer sobre aqueles tópicos que, a meu ver, deveriam ser tratados com mais responsabilidade pelos líderes eclesiásticos do nosso Brasil.

Primeiramente, a igreja brasileira precisa de pastores com vivencia apologética. Observe que não estou falando de pregação apologética, mas de vivencia apologética. Não creio que pregar contra a rosa milagrosa, o sabonete ungido e a fogueira santa seja mais necessário que a integridade ministerial. Já dizia um antigo pastor: “uma grama de testemunho vale mais que um quilo de pregação”. A crise da igreja evangélica brasileira não é apenas teológica; ela é moral. A própria teologia neopentecostal com sua ênfase na prosperidade adquirida através de vultosas ofertas nada mais é do que o reflexo do caráter hediondo dos seus arautos, verdadeiros estelionatários que já estariam atrás das grades, se este fosse um país sério. A vida do ministro sempre falará mais alto que seu sermão, razão pela qual sua vida, e não apenas o seu sermão, deve ter ênfase apologética. Pietismo, santidade, pudor, vergonha na cara, devem ser buscados mais do que as unções, os poderes, as línguas e as profecias.

Em segundo lugar, nossa liderança precisa ser mais tolerante com respeito à liturgia, adequando-se ao mundo contemporâneo. Precisamos deixar de perder tempo discutindo se podemos ou não dançar, se o rock é de Deus ou do diabo, se devemos ou não aplaudir, e concentrar-nos mais no evangelho de Jesus. Peço desculpas pelo tom de desprezo, mas sinceramente acho ridículas as discussões presbiterianas sobre “salmodia exclusiva”, e risível o argumento pentecostal de que a verdadeira musica sacra foi escrita há cem anos. Se temos como objetivo comunicar as verdades espirituais aos homens e mulheres do nosso tempo, precisamos de uma liturgia que se adapte as necessidades do mundo contemporâneo.

Logo, em terceiro lugar, penso que a igreja evangélica precisa de contextualização missionária. Isso decorre do segundo ponto: O povo brasileiro é ímpar por causa da sua diversidade cultural, e isso vai refletir na igreja. No entanto, a maioria dos pastores brasileiros parecem insensíveis a essa diversidade cultural, e acabam impondo a linguagem e os costumes do “gueto gospel” aos incrédulos. Dessa forma, criam uma geração de crentes estereotipados, meros papagaios de chavões de mau gosto: “Fala vaso!”, “Oh, varão, tem fogo aí?”, e outras fraseologias que são acessíveis apenas aos iniciados e que excluem a todos os demais. Precisamos de uma igreja cuja pregação se adapte a linguagem, contexto e necessidades do povo brasileiro.

Precisamos resgatar a pregação cristocentrica, a mensagem da justificação pela fé, e enfatizar estas verdades em todo tempo, pois elas são o cerne da teologia protestante. Nossas igrejas não possuem ênfase cristocentrica em seus ensinos. Aliás, para ser sincero, Cristo é um personagem coadjuvante nas pregações hodiernas. Fala-se muito sobre Davi, Sansão, Elias e Eliseu, profetas e reis do Antigo Testamento, mas muito pouco se fala sobre os méritos da cruz e sua aplicação na vida do crente. A justificação pela fé permanece apenas na qualidade de dogma, pois na prática o que vale mesmo é a teologia da barganha, da permuta, do “fiz por merecer”. A doutrina da justificação pela fé é o contraponto para refutar as heresias da prosperidade e a manipulação do sagrado, tão propaladas no meio pentecostal e mais recentemente pelos neopentecostais, sendo esta mais uma razão pela qual ela deve ser enfatizada.

Em quinto lugar, se queremos ser realmente bíblicos em nossa forma e próposito, precisamos elaborar uma eclesiologia menos centralizadora, que faça jus a doutrina protestante do sacerdócio de todos os crentes e introduza os leigos no ministério cristão, servindo com seus dons. Uma das maneiras de conseguir isso é através de pequenos grupos, reuniões caseiras, criando uma estrutura que promova a comunhão ao mesmo tempo em que permite que os crentes descubram seus talentos e ministrem a outros. Ao fazê-lo, estaremos permitindo que “a justa operação de cada parte produza o crescimento” (ênfase acrescentada).

Finalmente, creio que devemos ser sensíveis o suficiente para perceber até que ponto vale à pena lutar contra o sistema, e em que ponto é necessário abandonar o barco. Como disse no início deste texto, opor-se ao mercantilismo evangélico, as barganhas e vida pecaminosa dos líderes eclesiásticos, sem dispor o próprio coração para ser você mesmo a cura que a igreja precisa, nada mais é do que palavrório vão. As “igrejas S/A” tem ferido a milhares de pessoas, e é preciso que se levantem servos de Deus para apascentar, restaurar e re-orientar estas pessoas. Há uma grande necessidade de igrejas sadias no nosso país e eu oro para que alguns dos críticos de hoje ultrapassem a barreira da crítica pela crítica e se proponham a ser a mudança que a igreja precisa. Oro para que muitos dos que hoje acusam a igreja de tantos pecados, se disponham a ser, eles mesmos, os líderes que anelam ver.

É claro que há muitos outros aspectos em que a igreja brasileira pode e deve melhorar, mas creio que se conseguirmos aplicar estes, já teremos feito um grande progresso.


***
Leonardo Gonçalves ama a igreja e deseja amá-la cada vez mais. Sonha com uma igreja diferente e se dispôs a ser – ele mesmo – a resposta da sua oração. E você? Será que você está disposto a se transformar na igreja que você sonha ver? Está disposto a se transformar no líder ético e espiritual que você anela ter? #isso_é_reforma!
 
Fonte: www.pulpitocristao.com

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Blog do Tim - Coral Aliança - Uma nova história (

Nós chegamos lá ainda! certeza!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Por favor, me ame!

Clóvis Cabalau 
Na Grã-Bretanha, uma cadela carente (essa da foto) tem aulas para aprender a ser amada. Em país de primeiro mundo é assim, cachorro é um “ser humano” como outro qualquer e merece ser amado. A história é absolutamente verídica: uma cadela abandonada chamada Princess (Princesa, no português), de apenas 6 meses, está sendo adestrada para receber amor. O animal é tão arredio e assustado que os funcionários de um centro de resgate em Lancashire têm dificuldades para se aproximar dele. “Princess é a cadela mais triste que já conheci”, afirmou Neil Martin, um dos membros do centro, ao jornal Daily Mail. “Quando ela chegou, logo percebemos que ela nunca havia recebido amor. Nós tentamos animá-la com alguns brinquedos, mas ela tinha medo”, completou o dedicado e comovido tratador de animais.

Embora horripilante, Princess tem essa carinha de “por favor, eu preciso de amor” que vemos aí na foto. Ela sofre de uma doença que a deixa sem pelos e torna sua pele tão delicada que a impede de permanecer muito tempo ao ar livre, exposta ao frio e ao calor intensos. Além de artimanhas de psicologia animal, os tratadores estão utilizando no tratamento de Princesa uma série de medicamentos, incluindo uma droga que custa cerca de R$ 30,00 por dia. “O tratamento será custoso, mas não iremos parar. Nós queremos resolver o problema e dar a ela uma nova vida”, afirma Martin.
Quando li na net sobre a história da cadelinha inglesa carente de amor, pensei na realidade maciça de crianças pobres, em completo estado de miséria e abandono, de nosso emergente Brasil varonil. O contraste é absurdo. Enquanto na Grã-Bretanha um centro não mede esforços, nem grana, para fazer uma cadela carente sentir-se amada, no Brasil, uma multidão de crianças de rua passam despercebidas diante de nossos olhos – exceto, claro, em datas como o Natal, quando o inconsciente coletivo nos move a ser mais solidários e “amorosos” com nossos “irmãos”.
Quem sabe poderíamos fazer um estágio de como se tratar um ser carente com a equipe de tratadores de animais do tal centro de resgate em Lancashire, na Grã-Bretanha. Quem sabe conseguiríamos aprender a ser cativados pelo olhar “pidão” de uma criança que não teve a chance de aprender o que é ser amada. Quem sabe não mediríamos esforços para ensiná-la a receber carinho, sem parecer que desejamos alguma coisa em troca. Quem sabe investiríamos um pouco de nossos recursos – muitos deles gastos com supérfluos – para comprar medicamentos necessários para seu tratamento de ressocialização. Quem sabe até conseguiríamos tratar essas pessoas sem perspectivas de vida tão bem como os ingleses tratam seus cachorros de rua.
Mas, ainda bem que estamos no Brasil, não é verdade? Assim podemos deixar tudo como está. E tocar a vida como se a realidade não fosse com a gente.
Clóvis Cabalau escreve para Crente Pensante

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"Meu novo velho mundo"




Eu quero “meu mundo” de volta!

Bastou meu carro estragar e ter que deixá-lo na oficina para o devido conserto para que me sentisse como que  se tivessem tirado o  “meu mundo” de mim.

Percebi como as coisas funcionam diferentes. Tudo muda.  Desde os compromissos até a forma como percebo o meio em que vivo.

Depois julguei necessário que isto acontecesse e fiquei conformado.

Ao sair do “meu mundo” sofri um ataque de realidade a respeito de quem verdadeiramente sou e significo, ainda que, o resultado de minha conclusão me dissesse   quanto  sou  medíocre em relação as percepções da vida.

Sai da casa de minha mãe e  tive que andar uns 800 metros até o ponto de ônibus. Andar é  coisa que dificilmente faço quando estou no “meu mundo”.

Tive que esperar o ônibus por cerca de 20 minutos uma vez que quando estava chegando no ponto de ônibus saiu um e não deu tempo de pegá-lo. Minha vontade era de sair correndo atrás, mas do que adiantaria? O motorista nem me veria! E se me visse correndo mesmo assim não pararia! Eles (os motoristas)  nunca param! A menos que seja uma gatinha! Hehehehe! Não é meu caso! Vocês sabem!

Quando chegou o ônibus eu vi um primo que estava descendo e só deu pra dar oi e entrar no ônibus. Se me desse ao luxo de conversar com ele perderia o ônibus novamente e complicaria o meu novo mundo indesejável.

Pensei! Puxa esse não é o meu mundo!  No meu mundo eu faço acontecer do meu jeito. Chego e parto a hora que me convém!

Bem, antes, enquanto esperava o ônibus, olhando para aqueles terrenos invadidos por um matagal, uma igrejinha com meia dúzia de pessoas e o som de carros passando lá na BR ,   comecei a enxergar além disso o meu coração. Foi como se eu tivesse saído do que considerava o meu mundo para um novo mundo que na verdade nada mais era o mundo em que vivi por muito tempo.

 E eu tive muitas lembranças. Lembranças de um tempo difícil embora de boas histórias e recordações.  Lembranças de um tempo em que eu não tinha carro, não tinha dinheiro,  não tinha salário, andava duro sem uma moeda sequer  no bolso, dependendo dos outros, vivendo de favores e ainda pior, sem perspectivas de mudança. 

Este era o meu mundo. Era. E tudo mudou tão de repente. Aconteceu uma revolução e as coisas mudaram da água pro vinho. E graças a Deus por isso! Porém, foi preciso que meu carro desconsertasse pra trazer a tona o meu “velho mundo”.

Que bom! 

Revi  meus antigos amigos, meus antigos propósitos e  meus antigos sintomas e meus antigos dilemas.

Vi também que neste tempo de escassez foi o tempo em que em mais me doei para os outros, foi o tempo em que eu mais me preocupei com outras pessoas, foi o tempo que eu mais consegui dar para outras pessoas mesmo sem ter nada.

Então percebi que  nos acostumamos com este nosso mundo que consideramos o ideal e facilmente nos esquecemos que um dia sofremos. Esquecemos que víamos o sofrimento dos outros. Esquecemos que era difícil e que sentíamos exatamente como os outros iguais a nós sentem. Estávamos no mesmo barco e vivíamos as mesmas condições precárias e nos interessava pelos  problemas um dos outros.

E agora o que aconteceu comigo?

Minha tendência é que entrando nesse meu mundo que agora é meu, eu me acostume com ele. A gente acostuma fácil com a prosperidade. E aprende usufruir fácil dessa prosperidade. . Agora na escassez..hum.... nossa! é difícil se acostumar...aquilo nunca passa! Nunca tem fim!

Poxa vida! eu não quero precisar  que me aconteça alguma coisa desse tipo, como estragar meu carro, para que eu lembre que eu não sou o único no mundo, para que eu pense que meu mundo é diferente dos demais onde o que importa agora sou eu. 

Não quero e não posso esquecer!

Não quero e não posso esquecer que aqui do meu lado o mundo continua o mesmo, com sua aparência de tudo bem e de que a vida é assim mesmo, não tem  jeito. Porque aqui do meu lado tem alguém que talvez eu nem conheça, mas que precisa urgentemente de mim.

Não quero e não posso me esquecer de que aqui do meu lado, do meu ladinho tem um doente, muito doente, e que precisa que eu ore por ele. E que precisa que eu o visite, e que precisa que eu passe um tempo ao lado dele.  Que amenize o seu sofrimento com algum dos meus minutos que são escassos, mas que para estes são minutos intermináveis de dor e de sofrimento. 

Não quero e não posso esquecer que aqui, bem aqui, diante dos meus olhos tem um adolescente, um jovem que deve ouvir uma palavra minha, ou deve receber um abraço meu e um carinho meu. Quem sabe ouvi-lo dizer que o mundo está contra ele e que ninguém o entende, e que ninguém percebe que tudo é novo pra ele e ele não está preparado para este mundo e ninguém o aceita como ele é. 

Não quero e não posso esquecer que aqui tem um idoso, uma idosa, que quer mais que um lugar preferencial no ônibus ou na fila. Alguém que já viveu muito e tem muitas histórias, e tem muitos conselhos, e vê o meu mundo de uma perspectiva diferente, muito diferente da minha. Agora ele precisa de ouvidos que o ouça,  que o escute e esteja mais disposto a sentir algo novo através  um corpo marcado pelos anos. 

Não quero e não posso esquecer que aqui tem uma criança que nada sabe sobre a vida, mas que seus olhos denunciam desejo de afeto, de amor, de carinho e seus lindos olhinhos parecem me dizer: Ei, me ensine algo, você tem alguma coisa pra me dizer, você tem um brincadeira nova  pra mim, não passe batido, não me ignore,  só porque sou tão pequeno ou porque estou na rua, ou  mal vestido ou talvez  me chamem  de menino de rua. Não ligue pra isso. Eu sou apenas uma criança que aprende o que me ensinam. 

Não quero e não posso me esquecer das muitas famílias que precisam de um conselho meu, de minha ajuda, de minha intercessão, de ouvir de mim que se casamento pra mim teve jeito, porque pra eles não poderia ter? e que a família é primeira instituição criada por Deus e que os que dela participam com grande renúncia e dificuldade conseguem resultados espirituais, físicos e materiais inimagináveis.

Não quero e não posso esquecer que em qualquer lugar aqui bem em frente aos meus olhos tem alguém com uma máscara sorrindo e dizendo que está tudo bem, mas que atrás desta mascara, dentro do seu coração,  lá no fundo de sua alma  existe uma amargura, uma sentimento de tristeza, uma agonia profunda, um desejo de não mais viver, e que precisa de alguém que escute o gemido silencioso de sua alma e se disponha a ajudar no que for preciso. 

Pois é...enquanto pensava... e pensava...chegou a hora de descer do ônibus. Aperto a campainha e assim que ele pára desço.

Atravesso a rua, mais 100 metros e estou em casa em frente ao computador.

Agora sim! Este é meu mundo!

Uma inspiração, um desejo de escrever, mas, sobretudo o que me vale agora é não esquecer!

Não esquecer que sou mais um. E não somente mais um, também sou um.

Sou um daqueles assim como você o é, que tem condições de  fazer a diferença em seu tempo em prol do próximo e que vive não em um mundo só feito pra si, mas de todos e para todos.

Todos com as mesmas emoções, com as mesmas diferenças, com as mesmas angústias, mesmos anseios e um fio de esperança; e que dependem de um e de outro para viver melhor. 

Bem, alguém já me disse que isto é o evangelho!

Já disse, mas não custa repetir:

A verdadeira religião é cuidar dos órfãos e das viúvas em suas necessidades!

....

E eu quero “meu mundo” e minhas lembranças de volta!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sexo entre jovens: Coando o mosquito e engolindo o Tiranossauro



Carlos Moreira

Pastor, sexo antes do casamento é pecado?”. Se você é um clérigo ou um líder, esta é uma das perguntas que você mais ouve quando está no meio de jovens. Obviamente, a grande maioria responde: “sim, é pecado”. E eu, o que penso sobre o tema? Bem...


Eu penso que a igreja trata a questão como se ela não existisse, quase com desdém. O “problema” só se materializa quando aquele casalzinho que senta lá no canto, acompanhado ou não da família, nos procura no gabinete pastoral para informar-nos que, em 9 meses, teremos mais um membro para ser batizado na família de Deus! Aleluia!...

A verdade é que a igreja, normalmente, faz vista grossa para essa questão. O casal está ali, juntinho, namorando e, se não der bobeira, se transar com camisinha, se fizer tudo direitinho, não vai ser muito incomodado pela ortodoxia doutrinária vigente. Aqui, ali, terá de ouvir coisas do tipo: “fornicação é pecado”; “quem transar antes de casar perde a benção de Deus”; “masturbação entristece o Espírito”; e por aí vai... Ora, isso tudo, com um pouco de cinismo e cara de pau, dá para ir levando. Dá?...

Agora, quando a “bomba” explode, e o bebê está a caminho, aí a coisa muda de figura, pois todo mundo fica furioso, sobretudo a “fariseada”. Engravidou, tem que casar! Será?... O casalzinho, coitado, será exposto aos extremos, execrado, em alguns casos, ficará afastado temporariamente da Ceia, ou, em outros, submetido a uma “disciplina” maluca qualquer. Quase certamente, sofrerá muito mais do que seria preciso, contudo se tornará um “exemplo” para todos!

Ora, em tais situações, as conseqüências, obviamente, virão em curtíssimo prazo, pois, sem apoio da comunidade, sem orientação e, em muitas situações, sem a ajuda da própria família, o jovem casal, sem qualquer preparo para a vida conjugal, estará separado em 1 ou 2 anos no máximo. Estou, neste momento, com um caso deste na igreja, herdado de outra “comunidade”...

Quer falar sério sobre o tema? Quer tratar a situação com coragem? Então vamos às Escrituras. Qual o padrão bíblico para casamento? Vou simplificar: deixar pai e mãe, ou seja, possuir capacidade de romper os vínculos emocionais e financeiros com a família; voto público, que é assumir para a sociedade, seja pela via do casamento civil ou do religioso, que os dois passam a constituir uma família, com todas as implicações vigentes; e, finalmente, manter relação sexual.

Nos dias de Isaque e Rebeca a coisa era assim, muito simples. O garoto começava a se coçar demais, olhava as cabras de forma estranha, e aí o Pai, macaco-velho, dizia: “este menino está precisando casar”. Arrumava-se uma noiva, da parentela mesmo ou da vizinhança, desde que fosse da mesma fé, o pai doava ao filho um pedaço de terra, meia dúzia de cabras, uma vaca leiteira e pronto! O sujeito entrava na cabana com sua “gazela” e estava tudo consumado. Que benção!

E como é hoje? O menino e a menina chegam aos 15, 16, 17 anos e começam a namorar.  Estão terminando o ensino médio e ainda terão pela frente o vestibular e 4 ou 5 anos de faculdade.  Vencida esta etapa precisarão trabalhar, conseguir um bom emprego. Em seguida, vão comprar um carro legal, depois o apartamento financiado e, só então, poderão pensar em se casar. E olha que eu estou falando de jovens cristãos sérios, que começaram a namorar com o propósito de, um dia, se casarem. Mas, convenhamos, eles são à exceção da exceção da exceção!

Ora, eu sei, por experiência, que a grande maioria da meninada quer é curtir a vida, “ficar” bem muito ao invés de namorar, que dá muito mais trabalho, transar o tanto que puder, pois muitas relações darão mais experiência – trágico equívoco – e, só quando se estiver chegando na casa dos 30 é que começarão a desacelerar o “motor” para pensar em constituir algo sério, ou seja, casar.

Agora, uma questão: pensando no primeiro exemplo, o do jovem casal cristão sério, que começou a namorar cedinho, o que eles farão para segurar os hormônios nesta sociedade erotizada na qual vivemos, onde propaganda de pneu tem mulher pelada? Me responda mesmo: dos 15 até chegarem aos 30 anos, quando estarão em condições, dentro dos padrões estabelecidos em nossa cultura, para se casar, como eles lidarão com estas questões? Vão jejuar e orar? Ora meu mano, faça-me o favor... Você fez isso?

Aí vem a igreja, e seus ilustres representantes, naquela santidade medieval, e diz para o casalzinho: “olha, vocês devem se guardar um para o outro. Sexo antes do casamento é pecado, viu?”. E fica a meninada com a pulha na cabeça: transar ou não transar, eis a questão! E ainda tem umas almas sebosas que dizem: “quem estiver abrasado, então que se case”. Ótima solução! Quero eu lhe dizer que o sujeito não está abrasado não, ele está em chamas já há muito tempo! Isso é que é fogo!

Na verdade, em determinadas circunstâncias, só existem dois caminhos: como pastor, sei o que estou afirmando: ou o cara deixa a namorada “em paz” e vai para a internet ver sacanagem de todo tipo e, como o pecado só se aprofunda, pois “um abismo chama outro abismo”, mas cedo ou mais tarde ele estará com prostitutas em sua cama, ou vai transar com a “irmãzinha” e ficarão os dois num complexo de culpa sem fim, pois recairá sobre eles toda a ortodoxia protestante dogmática e fundamentalista pregada e inoculada em suas mentes durante anos. Estou exagerando?!

Alegre-se, jovem, na sua mocidade! Seja feliz o seu coração nos dias da sua juventude! Siga por onde seu coração mandar, até onde a sua vista alcançar; mas saiba que por todas essas coisas Deus o trará a julgamento”. Ec. 11:9.

Estou eu aqui aconselhando os casais de namorados a transar? Não coloquem palavras em minha boca! Sou defensor de uma teologia liberal e por isso não levo em consideração os preceitos de santidade das Escrituras? Vocês não me conhecem para afirmar isto. Então, o que estou querendo dizer, afinal? Duas coisas: discernirmos o tempo em que vivemos, com todas as suas idiossincrasias, e investirmos na formação de uma geração que tenha uma consciência compatível com o Espírito do Evangelho. O mais, queira me desculpar, é tapar o sol com a peneira, é tratar da conseqüência, e não da causa, é jogar o “lixo” para debaixo do tapete.
 
O texto de Eclesiastes nos dá uma dica do que podemos fazer! Ensinar os jovens! Podemos dizer-lhes “façam suas escolhas, tracem seus caminhos, sigam suas rotas, construam seus mapas, aproveitem a vida! Mas saibam: tudo na existência humana tem conseqüência, pois há um princípio bíblico que afirma que aquilo que o homem semear, isto também ceifará”. Fato é que Deus criou o sexo e o casamento com um propósito e, só imersos em Sua vontade, nos realizaremos em nossa sexualidade e conjugalidade.

Olha moçada, namorar com 10, 20, 30 pessoas diluirá sua alma, banalizará em seu coração o significado de relacionamento, tornará o sexo coisa trivial e não aquilo para o qual ele foi concebido. Você perderá todas as referências sobre lealdade, amizade, cumplicidade e, dificilmente, será capaz de construir uma família sadia, um casamento bem sucedido, uma relação para toda a vida, pois a frase “que seja eterno enquanto dure”, fica linda do ponto de vista da poesia, mas, existencialmente falando, é um desastre sem precedentes. 


Sei que este é um tema que ninguém quer tratar, ou escrever, pois é “nitroglicerina” pura! Almocei hoje com um amigo que me disse: “tu vais mexer nisso?”. Eis aí um de nossos problemas: evitar lidar com o que está diante de nossos olhos! A igreja, no que diz respeito a estas questões sexuais, e olha que eu estou só levantando a ponta do iceberg, prefere coar o mosquito e engolir o tiranossauro rex, é viver no “faz de conta”.

Se eu tenho a solução? Ora, isso é um problema que cada um deve lidar, pois cada um construirá na terra seu caminho com Deus e isso conforme sua própria consciência. Fico impressionado como crente gosta de fórmulas feitas para resolver suas questiúnculas. Agora, quanto a mim, perdoem-me a sinceridade, prefiro engolir o mosquito e, de preferência, com Coca-Cola.

Carlos Moreira é culpado por tudo o que escreve. Está convencido de que a verdade e a consciência são os grandes investimentos que a igreja pode deixar de legado aos jovens de hoje. Ele escreve aqui no Genizah e na Nova Cristandade.

Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/#ixzz1D1QNqxMp
Fonte: www.genizahvirtual.com

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011